Estudo global da Visa analisa linguagem de fraude
Estudo global da Visa analisa linguagem de fraude
Redação, Infra News Telecom
Uma pesquisa global divulgada pela Visa, em parceria com a Wakefield Research, revela que, quando se trata de identificar golpes, os cibercriminosos estão encontrando vulnerabilidades até entre os consumidores mais familiarizados com tecnologia. Embora quase metade da população se ache capaz de reconhecer um golpe, 73% das pessoas tendem a não identificar sinais vermelhos importantes em comunicações digitais.
Seja um aviso de corte que parece ter sido enviado por sua concessionária de energia elétrica, um e-mail comunicando que você ganhou algo de sua loja favorita, ou até anúncios de emprego que tentam convencê-lo que você foi contratado por uma empresa de primeira linha, os golpes atingem praticamente todos os pontos de contato em nossa vida digital. Só no ano passado, a Visa bloqueou proativamente 122 milhões de transações – tentativas de pagamentos fraudulentos que resultariam na perda de US$ 7,2 bilhões – antes que elas impactassem os clientes.
“Entender a linguagem da fraude é cada vez mais importante em nosso mundo digital-first.Os golpistas atingiram novos patamares de sofisticação em termos de linguagem e variedade e ninguém está imune”, diz Paul Fabara, chefe de Risco da Visa. “Orientar acerca da linguagem dos golpes é parte integrante de nossa proteção ao consumidor e destacar os pontos em comum na linguagem da fraude ajuda a prevenir crimes globalmente.”
Explorando a linguagem da fraude: A desconexão entre consciência e ação
Segundo o relatório, denominado intitulado “Fraudulês: A linguagem da fraude” (“Fraudulese: The Language of Fraud”) e que entrevistou 6 mil adultos em 18 mercados em todo o mundo, os golpistas parecem estar prosperando justamente na desconexão entre o que os consumidores sabem sobre a linguagem da fraude e a forma como eles efetivamente se comportam. Algumas das principais conclusões são:
- Achamos que os outros são mais suscetíveis a fraudes do que nós. Embora os consumidores se sintam confiantes de que estão atentos, a grande maioria (90%) se preocupa que amigos ou familiares possam ser vítimas de fraudadores que enviam e-mails ou mensagens de texto pedindo para o destinatário verificar as informações de suas contas, perguntando sobre saques a descoberto e comunicando que ele ganhou um vale-presente ou produto em um site de compras online. A pesquisa descobriu que as mensagens de clickbait mais atraentes aproveitam a empolgação do consumidor e usam termos como “ganhar”, “oportunidade exclusiva” ou “presente”.
- É legítimo? 81% dos entrevistados buscam erros nos detalhes para determinar se uma comunicação é ou não autêntica, concentrando-se em aspectos que os golpistas podem falsificar facilmente, como o nome ou logotipo da empresa (46%). Eles podem se proteger melhor dos fraudadores analisando elementos mais difíceis de falsificar, como números de contas ou detalhes de suas interações com a empresa.
- Negligenciar sinais reveladores. Só 60% das pessoas disseram conferir se uma comunicação foi enviada de um endereço de e-mail válido. Menos da metade (47%) analisa se as palavras estão escritas corretamente.
- Usuários de criptomoedas são mais cautelosos. Usuários de criptomoedas são mais propensos a identificar elementos indicativos de fraude do que não proprietários de criptomedas. Por exemplo, eles tendem mais a conferir as informações de suas contas (49% contra 37%) para confirmar a validade das comunicações digitais.
Investir um tempo extra para decifrar o “fraudulês”
Os consumidores podem se proteger melhor se, antes de clicarem, dedicarem um tempo extra para entender o tipo de linguagem usada pelos fraudadores. Uma prática simples, mas bastante eficaz é proteger suas informações pessoais. Não clicar em links antes de verificar se eles realmente o levarão para onde dizem que levarão. Ativar alertas de compra para ser avisado em tempo quase real por mensagem de texto ou e-mail sempre que sua conta for usada para realizar uma compra. Ligar para o número informado nos sites das empresas ou no verso do seu cartão de crédito e débito se não tiver certeza se uma comunicação é válida – não usar o número constante na mensagem de texto ou e-mail enviado por um possível golpista.
Nos últimos cinco anos, a Visa investiu mais de US$ 10 bilhões em tecnologia, inclusive para reduzir fraudes e aumentar a segurança da rede. Mais de mil especialistas se dedicam exclusivamente a proteger a rede da Visa contra malwares, ataques de dia zero e ameaças internas 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Nos últimos 12 meses, o monitoramento em tempo real da Visa bloqueou proativamente mais de US$ 7,2 bilhões em pagamentos fraudulentos.
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