Conselho da América Móvil aprova reclassificação de ações
O Conselho de Administração da América Móvil aprovou hoje a proposta de reclassificações de ações do grupo. Com isso, ela promove conversão de todas as suas ações das séries “A”, “AA” e “L” em ações ordinárias de uma única nova série “B”, com plenos direitos de voto,
A empresa também vai alterar o estatuto social da AMX para implementar a nova estrutura. A mudança estará sujeita a aprovações dos órgãos regulatórios.
A estrutura acionária das empresas mexicanas é composta, em geral, com várias séries de ações ao contrário das tradicionais preferenciais e ordinárias que predominam em vários países. Com a nova proposta, a América Móvil se reaproxima do modelo mais utilizado mundialmente.
Com essa medida, apesar de manter o controle a família Slim deverá ter seu capital votante reduzido. Ela possui atualmente algo como 83% das ações AA com direito a voto e na reestruturação passará a deter cerca de 53%.
Desempenho
As ações da América Móvil estão com recomendação de compra de acordo com novo relatório publicado pela Zacks Investment Research, uma das maiores empresas de pesquisa de investimentos independente. A consultoria considera que o desempenho da companhia está se beneficiando do aumento da base de clientes de banda larga e adições de assinantes sem fio, especialmente no Brasil, México e Colômbia.
A Zacks relaciona ainda que as vendas de serviços móveis foram impulsionadas devido às sinergias obtidas com a aquisição anterior da Oi do Brasil. Considera também que os esforços da América Móvil para aumentar o valor do acionista, reduzir a dívida e os custos de financiamento abrangentes com a venda de torres de celular para a Sitios Latinoamerica são um bom presságio a longo prazo.
Para a Zacks, os esforços focados em 5G e a implantação de tecnologias de ponta são favoráveis. As ações superaram a indústria no ano passado.
No entanto, a Zacks faz alguns alertas, como o fato de o desempenho da plataforma de telefonia fixa ter sido afetado devido aos menores serviços de TV por assinatura e receita de voz fixa. A entrada da AT&T no setor mexicano de telecomunicações e o balanço patrimonial alavancado são preocupações. O movimento desfavorável da taxa de câmbio é um vento contrário.
Em outubro, a América Móvil publicou seu balanço trimestral ressaltando o avanço do EBITDA Brasil, que saltou com a incorporação dos clientes móveis vindos da Oi.
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