A10 Networks nacionaliza solução para ISPs e agiliza entrega
A10 Networks nacionaliza solução para ISPs e agiliza entrega
Conteúdo oferecido pela A10 Networks, provedora de serviços de aplicações seguros para ambientes on-premises, multi-cloud e edge-cloud em hiperescala
A falta de componentes eletrônicos tem afetado várias indústrias em todo o mundo. E isso não é diferente no segmento de telecomunicações no Brasil. Os problemas no fornecimento de chips, semicondutores e outros componentes atingem, inclusive, os ISPs – provedores de serviços de Internet, que precisam ampliar os investimentos na infraestrutura de telecomunicações para atender à alta demanda dos consumidores por largura de banda e serviços modernos.
Nesse cenário de escassez, os fornecedores de equipamentos se mobilizam para criar novas oportunidades de negócios e não prejudicar o abastecimento do setor no país. A A10 Networks, provedora de serviços de aplicações seguros para ambientes on-premises, multi-cloud e edge-cloud em hiperescala, por exemplo, decidiu nacionalizar o hardware do seu portfólio de CGNAT – Carrier Grade Network Address Translation, denominado “Thunder”. Para tanto, a empresa fechou acordos no Brasil com a Dell, Supermicro e Lenovo, que irão embarcar o sistema operacional das soluções em seus hardwares.
Ideal para o mercado de ISPs, a linha “Thunder” se mostrou uma solução às limitações impostas pela pandemia de Covid-19, que causou sérios problemas de abastecimento das cadeias de produção e foi uma mudança de chave no uso da internet no Brasil e no mundo.
O home office e a necessidade de confinamento provocaram novas necessidades e demandas, em termos de banda, qualidade de sinal, usos e aplicações. Essa situação também adiou o desenvolvimento e a fabricação de componentes diversos, muitos escassos ainda hoje, além de criar dificuldades logísticas. Na avaliação do country manager da A10 Networks no Brasil, Ivan Marzariolli, a falta de componentes eletrônicos deve persistir até meados do ano que vem. Um exemplo são as fontes de alimentação DC, que levou a A10 a ampliar prazos de entrega de 15 dias para até 90 dias.
As parcerias firmadas pela A10 com os fabricantes de hardware vêm, justamente, atender à crescente demanda com maior rapidez e são uma solução à escassez de componentes. A empresa, que oferece seu portfólio no formato de aquisição e expansão de hardware e software de forma flexível, agora, disponibiliza sua linha CGNAT à pronta entrega no Brasil.
Um dos benefícios desse modelo é a possibilidade de aquisição de hardwares e licenciamento do software, com configurações ajustáveis de processadores, memória e conectividade, adequados à necessidade de cada provedor, permitindo upgrades personalizados, sem a necessidade da troca total do equipamento, ampliando seu ciclo de utilização, com melhor custo-benefício. Essa flexibilidade apresenta, ainda, a vantagem de não exigir paradas e ou janela de manutenção para substituição de hardware.
Segundo o executivo, a nacionalização dos produtos por meio de parcerias não só aumenta a competitividade da A10, como permite a oferta de financiamento via BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
A linha “Thunder” é ideal para o mercado de ISPs, uma vez que permite a ampliação do número de assinantes mesmo com uma quantidade limitada de IPs. “O provedor precisava ter um IP por assinante e o IPv4, ainda muito utilizado, chegou ao seu limite há muito tempo e os ISPs não tinham como crescer. Com a nossa solução, esse problema é resolvido”, diz o executivo.
Processo facilitado
Com grande aceitação pelo mercado nos últimos cinco anos, segundo Marzariolli, o “Thunder” possui todos os recursos de CGNAT IPV4/IPV6, que favorecem a migração para o IPv6.
Tal transição vem se tornando inevitável diante do esgotamento dos endereços IPv4 ou da impossibilidade de ampliar os endereços ainda existentes. O processo é longo, requer investimentos pesados e está sujeito a riscos relativos à disponibilidade de serviços e aplicações. Dessa migração depende, também, o crescimento dos ISPs e, consequentemente, das redes de fibra óptica, capazes de atingir as áreas mais remotas regiões do país, muitas não digitalizadas e longe do interesse das grandes operadoras.
O “Thunder” conta com DNS recursivo/autoritativo, link load balancer, application load balancer firewall e IPSEC VPN já 100% licenciados e incluídos na nova oferta à pronta entrega. O equipamento possui, ainda, funções, como firewall, convergência de IPV6 para acessar o IPV4, balanceamento de carga, entrega de DNS, entre outras funcionalidades. A atual versão do produto, montada no Brasil, está preparada para suportar capacidade maior do que a oferecida inicialmente. Agora o “Thunder”, por exemplo, comercializado com throughput de 20 Gbps tem capacidade de, com apenas um upgrade de licença, alcançar um throughput de 40 Gbps.
A solução da A10 ainda permite acesso a diversas aplicações pelo mesmo usuário sem prejuízos. A tecnologia é utilizada pelos ISPs para ampliar a vida útil de endereços IPv4, o que facilita e barateia o processo de transição.
Marzariolli explica que, no passado, o IPv6 foi vendido como a solução para a escassez do IPv4, mas estruturas computacionais antigas ou conteúdos incompatíveis com o IPv6 dificultam essa migração. O CGNAT, então, dá uma sobrevida, que será útil à IoT – Internet das coisas. O IPv6 tornará a IoT mais viável, dada a quantidade de endereçamento muito maior, mas diretamente proporcional ao risco de segurança, exigindo mais proteção, já presente na solução da companhia.
Existem ainda muitas aplicações ligadas ao IPv4 e equipamentos conectados a esta estrutura, na casa do usuário ou provedor, que deverão ser substituídos para suportar o IPv6.
Ataques de negação de serviço
Outro foco de atenção da A10 Networks são as soluções de proteção DDoS – Distributed Denial of Service, com ferramentas de detecção/identificação, mitigação e proteção de ataques. “Trabalhamos para que essa solução também possa ser montada no Brasil, com benefício fiscal, disponibilidade mais rápida do produto – em até três dias, em alguns casos – e melhor relação custo-benefício”, diz Marzariolli.
Na visão do executivo, os provedores estão sofrendo muito com esse tipo de ataque e amadurecendo o entendimento sobre a necessidade de adoção dessas ferramentas.
A A10 dispõe de soluções flexíveis e escaláveis com throughput de até 380 Gbps em um único equipamento. “A solução pode ser customizada. Com a oferta em software, é possível melhorar as configurações, começando com 1 Gbps, atendendo a pequenos ISPs”, afirma o executivo.
O CGNAT, carro-chefe da A10 no país, é responsável pelo fluxo de dados entre o assinante e a Internet e pode funcionar integrado com a ferramenta de DDoS da companhia, além de detectar e analisar o tráfego que vem e vai para o cliente, identificando a ocorrência de ataque e a remoção do IP afetado.
A ferramenta possui arquitetura aberta, seja BGP ou API, e funciona com outros DDoS do mercado. A grande maioria dos ISPs possui ferramenta de monitoramento de fluxos embarcada no provedor (on-premise) ou em nuvem, capaz de detectar ataques, mas a empresa realiza a integração entre rede e solução, incluindo o recurso de mitigação.
Outra funcionalidade é a resolução de DNS nativo, que traduz o nome digitado e direciona para o endereço IP, permitindo, inclusive, o bloqueio de conteúdo, uma demanda comum em questões judiciais.
Os produtos da A10 são distribuídos pela CLM e Scan Source. A companhia conta com integradores certificados para instalação e suporte. “Nossos novos parceiros são reavaliados e precisam ter um mínimo de profissionais certificados para suporte. Nós entramos quando a dúvida é mais complexa e somos responsáveis pela troca de equipamento em caso de falha”, finaliza o executivo.
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